Uma História Cómica
Certa altura, o príncipe Esterházy, da Hungria, reteve, contra todas as expectativas, a orquestra de Haydn no seu castelo mais tempo que o previsto.
Nada de anormal seria notado, não fosse o facto de a maioria dos músicos ter casado há pouco tempo e desejar ir ter com as respectivas esposas. Ora, isto era algo que Haydn compreendia perfeitamente, pois há que dar uso ao instrumento – que em caso de má utilização é propicio ao aparecimento de ornatos que não os da pauta musical - para que os seus músicos se sentissem mais “leves” e sem a preocupação de terem a cama quente ao chegarem da tournée.
Escreveu, pois, uma sinfonia em que um instrumento após outro emudece, os músicos apagam as velas, metem os instrumentos debaixo do braço e desaparecem.
O príncipe Esterházy compreendeu a alusão da “Sinfonia dos Adeuses” e, no dia seguinte, deixou ir os orquestrantes para casa.
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